Imperatriz – MPMA inspeciona Denarc e Delegacia de Homicídios e constata estrutura precária

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O Ministério Público do Maranhão inspecionou, na última sexta-feira, 18, as Delegacias de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e de Homicídios de Imperatriz para verificar as instalações das unidades policiais, que funcionam em um prédio improvisado nas dependências do Corpo de Bombeiros de Imperatriz. A inspeção foi feita pelo titular da 8ª Promotoria de Justiça Criminal de Imperatriz, Tiago Quintanilha, responsável pelo Controle Externo da Atividade Policial.

Os delegados Jéssica Ingrid de Lima Ribeiro (Denarc) e James Ferreira dos Anjos (Delegacia de Homicídios) acompanharam a vistoria.

Na avaliação do membro do Ministério Público, há um descaso com a Polícia Civil devido à falta de infraestrutura básica, a exemplo do teto, que está desabando, e à carência de aparelhos mínimos para realizar o trabalho diário das unidades policiais.

Dentre as irregularidades constatadas, estão: falta de acessibilidade arquitetônica; não há câmeras de segurança, nem cerca elétrica; número de servidores é insuficiente; infiltrações na estrutura; rachaduras nas paredes e goteiras. Foi detectado também que o banheiro dos servidores não funciona, apenas o banheiro da cela dos presos; há lâmpadas queimadas; a água para consumo humano é fruto de doação e a internet do prédio é paga pelos servidores.

Unidades policiais foram inspecionadas pelo MPMA

DEPÓSITO DE BENS E APREENSÕES

Outro problema detectado na inspeção foi a superlotação do depósito de bens e apreensões. No local, não há câmeras de vigilância ou qualquer tipo de segurança. Os objetos não são identificados e os materiais apreendidos são guardados em outros locais das delegacias, a exemplo do banheiro do delegado e a recepção.

“Imperatriz está dominada por facções criminosas e hoje é a cidade mais violenta do Estado. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, até outubro já foram registrados mais de 110 homicídios no ano. O prédio dessas delegacias está completamente abandonado. Por isso, vamos mover um processo contra o Estado do Maranhão para que tome as medidas necessárias de forma a regularizar a situação estrutural da Polícia Civil em Imperatriz e garantir o efetivo combate à criminalidade”, afirmou o promotor de justiça Tiago Quintanilha.