Drones substituem lanchas em operações no complexo portuário de São Luís

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O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), localizado no complexo portuário de São Luís, está testando uma nova tecnologia. É o uso de drones para realizar o processo de arqueação de navios, também conhecido como leitura de calado. Tradicionalmente realizado por lanchas, esse processo passa a contar com os veículos aéreos remotamente controlados e equipados com câmeras. O objetivo é aumentar a segurança e a eficiência das operações.

Ainda em fase de testes, os primeiros resultados indicam que o uso de drones pode transformar as operações de leitura de calado, trazendo mais segurança e eficácia ao setor portuário de São Luís. A implementação dessa tecnologia conta com o acompanhamento do Sindicato dos Operadores Portuários (SINDOMAR), que atua para garantir que a adoção de inovações, como os drones, ocorra de maneira benéfica para todos os envolvidos, incentivando a competitividade e a modernização das operações.

O presidente do SINDOMAR, Daniel Pereira, afirma que a o uso desta tecnologia pode trazer ganhos consideráveis. “Os drones proporcionam uma maneira mais segura e eficaz de executar o trabalho, eliminando perigos como quedas, esmagamentos e lesões comuns nas operações convencionais”, declara Daniel Pereira. Ele ressalta que a implementação desta tecnologia poderá diminuir em 50% o tempo médio de arqueação, que atualmente é de 60 minutos, além de diminuir as emissões de CO2, provenientes da queima de combustível do diesel das embarcações.

A arqueação é um procedimento crucial para o transporte marítimo, responsável por medir a carga transportada ou descarregada de navios graneleiros. Com drones equipados com sensores de alta precisão, a medição do calado se torna mais ágil e menos suscetível a erros humanos, representando um avanço significativo para o setor.

Além disso, o uso de drones oferece vantagens estratégicas para a logística portuária, ao otimizar o tempo de operação e deslocamento. A agilidade no processo de arqueação permite a liberação mais rápida dos navios, ampliando a capacidade de movimentação do terminal. “Cada segundo economizado aumenta a competitividade e maximiza o uso da infraestrutura portuária”, enfatiza Pereira.

O Gerente de Operações e Planejamento do Tegram, Felipe Constantino, reforça a importância da inovação nesse processo. “A iniciativa trazida pelo Daniel reforça a importância de aliarmos a inovação com as operações portuárias. A utilização de drones para medição de calado nas arqueações de navios traz consigo uma oportunidade de aprimoramento desta etapa com maior segurança e eficiência, evitando a exposição de funcionários ao risco de queda ao mar, uma vez que, para a realização dessa etapa, o processo conta com apoio de uma lancha. Além disso, permitirá maior agilidade no processo com a diminuição do tempo de deslocamento. E, claro, aliado a isso, há a redução de custos com lancha, combustíveis e, consequentemente, a emissão de carbono nessa etapa”, declara Felipe Constantino.