Beneficiários do Floresta Viva visitam sistemas de plantio agroflorestais no Pará

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Com objetivo de descobrir as melhores técnicas de plantio de espécies nativas e potencializar a produção do açaí no viveiro de mudas de São Bento (MA), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) levou beneficiários do programa Floresta Viva para conhecer sistemas agroflorestais (SAFs) de referência nacional localizados em Tomé-Açu, no Pará. A expedição foi realizada de 14 a 18 de outubro e contou com a participação de técnicos da Sema e três agricultores participantes do Floresta Viva.

Além de aprofundar o conhecimento sobre os inovadores sistemas de plantio, os agricultores participaram de capacitações nas áreas de enxertia, implantação de SAFs, plantio e comercialização de açaí. A iniciativa busca fortalecer as ações do programa Floresta Viva, que visa a recuperação de áreas degradadas e a promoção de práticas sustentáveis no Maranhão.

Seu Giovani, um dos beneficiários do Floresta Viva, ficou admirado. “Na verdade, eu não imaginava que o projeto era desse tamanho. Aqui, eu abri meus conhecimentos, vi que tem como ampliar sem agredir o meio ambiente, sem a queima, aproveitando mais a terra e em longa escala. No sistema SAF dá gosto de ver a natureza, e dentro do reflorestamento poder tirar o nosso sustento, a gente vê que as pessoas são mais felizes com o que fazem, os alimentos são mais saudáveis, sem muito adubo químico, e é isso que eu quero pro Maranhão, um sistema que pode ajudar financeiramente a comunidade”, comentou Giovani Campos da Silva.

Durante a visita, os participantes tiveram a oportunidade de visitar propriedades rurais que utilizam o sistema SAF, um modelo de produção agroflorestal que combina diversas culturas em um mesmo espaço, aumentando a produtividade e a biodiversidade. Além disso, receberam treinamento em técnicas de enxertia, uma prática que permite a multiplicação de plantas com características desejáveis, como maior resistência a pragas e doenças e produção de frutos de melhor qualidade.

José Eliotério aprovou a experiência e agradeceu ao governador Carlos Brandão e ao secretário do Meio Ambiente, Pedro Chagas, pela oportunidade. “Eu já tinha ouvido falar no sistema SAF, que é uma cultura pouco usada na nossa região, mas conhecer de perto foi uma experiência nova e um aprendizado que levaremos, nós encontramos aqui um sistema que é sustentável onde as pessoas conseguem garantir seu alimento sem agredir a natureza, e o que me deixou mais impressionado foi ver como os produtores rurais conseguem ter tanta área produtiva com uma mão de obra tão pequena, uma mão de obra familiar. Uma lição que eu estou levando é que se você acreditar, unir as forças você consegue chegar a um objetivo, agradeço ao governador, ao secretário do Meio Ambiente e a todos que estão contribuindo com esse programa”, destacou o agricultor.

A capacitação sobre o plantio e a comercialização de açaí também foi um ponto alto da visita. O açaí é uma fruta nativa da Amazônia com grande potencial econômico e o conhecimento adquirido em Tomé-Açu será fundamental para impulsionar a produção desse fruto no Maranhão, gerando renda e promovendo o desenvolvimento sustentável da região.

“Mudou muito a minha vida essa experiência de uma semana, cinco anos de faculdade eu não ia ter esse conhecimento. A parte prática foi a melhor, aprender fazendo, a gente aprende mais rápido”, pontuou Adenilton Nascimento, outro beneficiário do Floresta Viva.

A superintendente de Economia Verde da Sema, Marlla Arouche, falou da importância da visita técnica para impulsionar a agricultura familiar do programa. “Ao conhecer de perto as experiências exitosas de Tomé-Açu, os beneficiários aprenderam novas técnicas e estratégias para otimizar a produção e a comercialização de produtos florestais no estado, é uma troca de saberes que certamente fortalecerá a comunidade local motivando os produtores a adotarem práticas mais sustentáveis e eficientes”, destacou Marlla.

O aprimoramento técnico é o que ajudará os agricultores a multiplicarem o conhecimento, compartilhando experiências, disseminando as novas práticas e impulsionando o desenvolvimento sustentável da região.